RSS no Estado de Minas
Comunicação

RSS no Estado de Minas


O caderno de Informática do jornal Estado de Minas traz hoje uma matéria sobre o uso do RSS, assim como os impactos deste modelo de distribuição de informações para usuários e empresas.

Fui uma das fontes entrevistadas pelo jornalista Marcelo Portela e, como a matéria está disponível apenas para assinantes (o que seria mais anti-RSS do que isso?), reproduzo um trecho abaixo:
A profusão de fontes de informações na internet pode deixar qualquer um no mínimo desorientado. Com milhares de portais de notícias, blogs, podcasts, vídeos e curiosidades no ar, quem quiser verificar as atualizações de cada página pode passar o dia inteiro em frente à tela visitando os sites e consultando uma lista de favoritos do tamanho de um catálogo telefônico. Com alguns cliques do mouse para o cadastro de páginas em um agregador de notícias, no entanto, o usuário tem como evitar uma tremenda perda de tempo e, de quebra, personalizar sua navegação na web.

Em seu livro A vida digital, um dos fundadores do Media Lab do Massachusetts Institute of Technology (MIT), Nicholas Negroponte dedica o capítulo “Horário nobre é o meu” a mostrar como o sistema de televisão tende a ficar mais flexível, com a possibilidade de o telespectador escolher a hora em que quer ver seu programa preferido. Muito mais do que a TV, no entanto, os feeds – como são chamadas as informações que alimentam os agregadores – permitem que o usuário controle toda a sua navegação. “A personalização dentro da rede não é uma tendência. É uma realidade. A pessoa pode selecionar o que lhe interessa sem precisar conferir toda hora se há algo novo”, observa o professor da PUC-Minas Caio César Giannini Oliveira, especializado em novas mídias e produção digital.

Adepto dos feeds desde 2005, o professor ressalta que, por reunir em um só lugar todas as páginas de preferência do internauta, os agregadores ajudam a poupar um tempo cada vez mais precioso. “Os leitores de feeds são uma ferramenta útil para qualquer pessoa, mas principalmente para quem depende da internet para o trabalho ou alguma pesquisa, porque permitem acesso a muito mais informações sem que a pessoa precise visitar vários lugares”, afirma.

Diversão E não é só em relação a notícias que os feeds podem agilizar a navegação. Cada vez mais, a internet também é usada como fonte de entretenimento. Vídeos, fotos, músicas, podcasts, sites de humor. Praticamente todos os portais de diversão que são sucesso de audiência entre internautas, como YouTube, Flickr, Google Vídeos, My Spaces e diversos outros, também oferecem o serviço de RSS para que o usuário fique por dentro das atualizações.

Além deles, os blogs são outros que adotaram definitivamente o serviço de RSS, que permitem que os internautas acompanhem cada novo post. Esse processo, inclusive, faz parte da aulas de novas mídias do professor Carlos d’Andréa, da UNA. “Os alunos têm que criar um blog e eu acompanho o trabalho por meio dos feeds. Eles também permitem que os estudantes acompanhem a produção dos colegas”, diz.

Usuário visceral de RSS há três anos, Carlos d’Andréa conta que trocou as newsletters que recebia no leitor de e-mails pelos feeds e agora tenta mostrar aos alunos as vantagens do serviço, em vez de consultas aleatórias à rede. “Estamos em uma ditadura dos mecanismos de busca, mas eles são um buraco negro e nem todos sabem fazer uma pesquisa mais restritiva. O RSS é a solução para isso, porque a pessoa usa os feeds das fontes de informação dos temas que interessam”, afirma. Mas ele ressalta que também é preciso cuidado para a navegação não ficar muito restrita. “Com os feeds, a pessoa pode montar um portal próprio, com todos os sites que a interessam, mas isso não é o ideal. Não se pode fechar demais a busca por informações”, conclui.

Atualização às 16h15: a charge acima resume o lado obscuro dos RSS: sempre haverá mais feeds para ser lidos do que tempo para visitá-los. Encontrei no Tá Postado




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