Os "valores" de uma sociedade
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Os "valores" de uma sociedade


Já pararam pra pensar como vivemos numa sociedade de “valores” invertidos?

Eu sempre fui aculturado de modo a entender que a solidariedade, compaixão, ética, etc, são nossos principais valores. Semanas atrás parando pra analisar um pouco o mundo em que vivemos, me deparei com uma situação estarrecedora:

Que falta ética no mundo, isso já é sabido (mesmo que definir ética seja algo complicado). A política é o principal meio de conferirmos a falta de ética na sociedade, e como ela (a política) faz parte da vida de todo mundo quer queiram, quer não, isso mostra um pouco o quanto andamos mal nesse "valor".

Mas para piorar, fui dias desses numa pracinha de minha cidade comer um doce qualquer, apenas para passar o meu tempo durante o final de semana. Eis que não agüento mais comer o bendito doce, e ofereço-lhe à um pobre mendigo que caminhava, em um maior gesto de boa vontade, já que eu não agüentava mais. Pra minha surpresa, o mendigo ficou me olhando com ar de desconfiado, e não “gostou” muito de eu ter oferecido a comida à ele (isso porque 10 segundos antes de eu oferecer o bolo, ele tava pedindo pra outra pessoa). Daí reparei que gestos como esses já soam tão tão estranhos ao nosso mundo, ao ponto de até os necessitados desconfiarem de quem os pratica.

E como num gran-finale pra essa minha noite na praça, ao caminhar de volta pra casa vejo uma multidão olhando para uma mesma direção. Já que eu estava sem óculos, perguntei ao meu amigo o que se passava lá, pois eu não conseguia enxergar. Aí veio o baque! Ele me respondeu na maior calma: “ah, é só um muleque cheirando cola”.
Todos ao redor suspiraram como num alívio coletivo e voltaram ao que faziam antes.

Um policial foi lá no “moleque” e jogou a cola dele no chão. A partir daí, reparei como pra gente fatos tristes como esses já são tão normais ao ponto de aceitarmos.
É triste mas é a verdade. Quem sabe daqui a alguns anos quando virmos alguém literalmente morrendo de fome, ou estuprando alguém na nossa frente, também não passemos e pensemos:

“ah, é só um moleque lá no canto dele”.




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