Comunicação
LONDRINA: 11 CRISES POLÍTICAS EM 13 ANOS
Do caso Ama/Comurb, no biênio 1999/2000 à denúncia de compra de votos para barrar a Comissão Processante no caso Centronic, no dia 24 de abril, Londrina viveu 11 crises políticas nos últimos 13 anos. No período, cinco prefeitos estiveram à frente do município, três deles por vencerem eleições e dois cumprindo mandatos como interinos. Os três prefeitos eleitos do período, Antonio Belinati (PP), que administrou de 1997 a 2000, Nedson Micheleti (PT), que administrou de 2001 a 2008, e Barbosa Neto (PDT), eleito em março de 2009, num inusitado “terceiro turno”, são réus em ações propostas pelo Ministério Público, acusados de desvio de recursos públicos.
As crises, porém, não foram exclusividade do Poder Executivo: quatro vereadores foram presos, um em flagrante e três foram objeto de prisão preventiva e no total, 15 foram processados denunciados por improbidade administrativa em diversas situações. Vários processos estão em andamento. A prisão – ainda que em caráter preventivo ou temporário, não por condenações –, que tem sido frequentada também por secretários municipais (dois secretários, um ex-secretário e um diretor da Sercomtel da atual gestão foram presos, enquanto três ex-secretários da gestão Belinati foram ao cárcere, em 2001), também contou com a presença do próprio Belinati, em duas oportunidades, em 2001, num total de 10 dias.
Outra peculiaridade da política local, é que o período foi marcado por dois processos de cassação de prefeito e dois de vereadores. Belinati foi cassado em 22 de junho de 2000 e Barbosa Neto começa a enfrentar uma Comissão Processante (CP), que tem até 4 de agosto para encerrar seus trabalhos. Dois vereadores também passaram por processos de cassação: Orlando Bonilha, cassado em 2008 e Rodrigo Gouvêa (PTC), absolvido em 2010.
Mas as crises, cujo marco inaugural é o maior de todos os escândalos, o caso Ama/Comurb, ocorrido no terceiro mandato de Belinati como prefeito (foram dezenas de ações judiciais questionando 112 licitações supostamente fraudulentas, dando um desfalque de R$ 14,4 milhões em valores da época, entre 1999 e 2000), não foram ocasionadas só por denúncias de corrupção. Em 2006, Nedson enfrentou uma greve de 100 dias do funcionalismo municipal, que cobrava a reposição de perdas salariais acumuladas desde o início do seu primeiro mandato. Os servidores fecharam o prédio da Prefeitura e o prefeito e seus secretários tiveram que despachar em outros prédios públicos.
Outra forte crise política, que não estava diretamente ligada ao desvio de recursos públicos, foi a cassação do registro da candidatura de Belinati, pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), em outubro de 2008, dois dias depois dele vencer o segundo turno das eleições municipais. A crise não teve origem no desvio de recursos públicos, mas doeu no bolso do contribuinte: o “terceiro turno”, realizado em março de 2009, custou R$ 280 mil para a Justiça Eleitoral.
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