HOMENAGEM: ADEUS, PAULÃO
Comunicação

HOMENAGEM: ADEUS, PAULÃO


Conheci Paulo Ubiratan na primeira metade da década de 1990, quando eu dava os meus primeiros passos no jornalismo, ainda no rádio. Nessa época, Paulo Ubiratan era repórter da Folha de Londrina e estava chegando à antiga Rádio Tabajara (que hoje virou Globo AM), com um programa policial. Quando Amarildo Lopes trouxe a CBN para Londrina, não demorou muito para o Paulão ser alçado à condição de homem forte do jornalismo da emissora, condição que se consolidou depois da sua saída da Folha.

Em 1995 fui contratado pelo JL e como todo foca que se preze, me colocaram como setorista de polícia. Ali na 10 SDP, na rua Sergipe, voltei a encontrar o Paulão, e tive a oportunidade de conhecer outra grande figura que trabalhava na cobertura policial: a Nicéia Lopes. Convidei ela e o Paulão para serem meus padrinhos de casamento, em 1999.

Paulão, como era chamado pelos amigos, era uma figura ímpar. Sempre bem humorado, respeitava todos e brincava com os colegas. No rádio ele era inconfundível com o seu "trabalhador, trabalhadora".

Como amigo, era uma figura. Dava conselhos - mas o problema é que na cobertura policial ele também dava "furos". Cumprimentava os amigos com outro bordão: "índio velho". Brincávamos muito por causa de futebol, já que Paulão era colorado - ninguém é perfeito. Fazia um arroz de carreteiro muito bom, cujo sal ele media conforme a necessidade de consumo de cerveja "da tigrada". Uma vez ele convidou eu e minha esposa para o arroz de carreteiro na sua casa, mas ali o sal era na medida certa.

No jornalismo, Paulão tinha uma tese: é preciso "cantar a aldeia", falar sobre questões locais. E isso num tempo em que a programação local era mínima, principalmente nas emissoras de TV. Hoje, o investimento na programação local é grande, mas nem sempre foi assim. Essa tese de "cantar a aldeia" é uma ideia de quem via o mundo com um olhar gaúcho, mas que já estava completamente "londrinizado". Cidadão honorário de Londrina, Paulão deixa saudades e lições.

Daqui a pouco, antes de ir votar, vou me despedir do Paulão. Primeiro os amigos, depois o dever.



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