George Orwell é coisa do passado
Comunicação

George Orwell é coisa do passado


Neurocientistas descobriram como atuam regiões do cérebro responsáveis pelo "comportamento de rebanho", deixando séculos de filosofia e ficção distópica no chinelo.

A violência tornou-se um recurso obsoleto e pouco viável economicamente com o aprimoramento de técnicas persuasivas de comunicação. E, ainda assim, a razão serviu aos propósitos da crítica.

Mas o que acontece se o livre-arbítrio puder ser eliminado com um simples Doril?

Duvido.

Mas, na dúvida, reproduzo abaixo a matéria que saiu no Estadão de hoje. O artigo completo está na revista Neuron (exclusivo para assinantes).

Saravá, Alice!

Mecanismo cerebral promove adesão à opinião dominante

Pesquisadores holandeses desvendaram a atividade cerebral por trás da tendência de imitar as opiniões e o comportamento alheios. Imagens obtidas com ressonância magnética funcional revelaram quais regiões do cérebro atuam quando surge um conflito entre a percepção do indivíduo e a norma estabelecida pelo grupo. O estudo foi publicado hoje na revista científica Neuron.

Nos testes, os cientistas perceberam que a área conhecida como zona cingulada rostral (ZCR) era ativada quando surgia o conflito (mais informações nesta página). Ao mesmo tempo, outra região, conhecida como núcleo acumbente (NA), tornava-se inativa. Se a reação neuronal era muito intensa, surgia o esforço para reprogramar as condutas futuras.

A ZCR produz uma resposta equivalente a um sinal de alerta sempre que os resultados de uma determinada conduta ou ideia são diferentes dos planejados. Por exemplo, quando um comportamento causa um constrangimento inesperado. Já o NA regula as recompensas - de natureza bioquímica - que produzem uma sensação de bem-estar.

As duas estruturas são importantes para o processo de aprendizado por reforço - método para fixar o conhecimento baseado na punição dos erros e na recompensa pelos acertos. Agora, os cientistas descobriram que elas também desempenham um papel fundamental na adesão às normas sociais.

Para o principal autor do trabalho, o russo radicado na Holanda Vassily Klucharev, pesquisas na área poderão ajudar na formulação de políticas públicas. “Os resultados não justificam a crença no determinismo e no fim do livre arbítrio”, diz Francesco Langone, biólogo da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). “Mas revelam os limites e condicionamentos da liberdade humana.”
Fonte: O Estado de São Paulo (Alexandre Gonçalves)



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