Comunicação
Esse é o primeiro parágrafo da minha dissertação de mestrado, lançada como livro em 2004. Descreve a cena, o momento da cassação, sob a minha perspectiva. Aqueles segundos em que Bonilha olhou para os dois lados da galeria duraram uma eternidade. Pensei que não veria novamente uma sessão de julgamento de prefeito, nem como repórter, nem como cidadão. Mas também não me surpreendo com mais nada.
EPÍLOGO: A CASSAÇÃO
– Vereador Orlando Bonilha!
O vereador havia se ausentado da sala de sessões na primeira chamada – a votação era nominal e aberta – e aguardou a segunda chamada. Eram 8h27 da manhã do dia 22 de junho de 2000, feriado de Corpus Christi. Até o momento, 13 vereadores tinham votado pela cassação de Belinati. Seis votaram pela absolvição. O 14º voto cassaria Belinati. O sétimo voto absolveria o prefeito. Bonilha pega o microfone, olha para os dois lados da galeria, lotados por cerca de 300 pessoas e depois de alguns segundos grita:
– Sim!
Estava selada a sorte do prefeito Antonio Belinati (sem partido) [essa era a situação de Belinati no momento da cassação, sem partido], o primeiro e único eleito três vezes para a Prefeitura de Londrina e o também o primeiro e único a ter o mandato cassado . O placar da votação: 14 vereadores favoráveis à cassação; 6 vereadores contrários.
- Ponto De Vista Do Baixo Clero - Eu Vi
Quando o então vereador Orlando Bonilha gritou o “sim” que selou a cassação de Antonio Belinati (PP), olhei para o relógio do plenário da Câmara, que marcava exatamente 8h27 daquela manhã de 22 de junho de 2000. Tinha chegado ao Legislativo...
- Onze Anos
Há onze anos, na manhã de 22 de junho de 2000, por volta das 8h27, o então vereador Orlando Bonilha dava o voto decisivo para que a Câmara Municipal cassasse o mandato do então prefeito Antonio Belinati (PP). Acabava o terceiro e último mandato...
- TÚnel Do Tempo
Há 11 anos o Ministério Público não pedia o afastamento de um prefeito de Londrina. Em maio de 2000, depois de mais de um ano de investigações do escândalo que ficou conhecido como o caso Ama/Comurb, os promotores protocolaram ações civis públicas...
- Retrospecto
Caso Amauri Cardoso (PSDB) saia da Comissão Processante que investiga Rodrigo Gouvêa (sem partido), não será o primeiro caso de mudança numa Comissão Processante no meio das investigações. Em 2000, Orlando Bonilha (sem partido) deixou a presidência...
- Pdt De Olho
Nota publicada na edição que circulou no começo da manhã desta sexta no boletim da "Rede PDT", que é distribuído por e-mail, mostra que o partido está atento ao movimento de cassações e impugnações pelo país afora. E mais do que isso, defendendo...
Comunicação
A CENA DE 2000
Esse é o primeiro parágrafo da minha dissertação de mestrado, lançada como livro em 2004. Descreve a cena, o momento da cassação, sob a minha perspectiva. Aqueles segundos em que Bonilha olhou para os dois lados da galeria duraram uma eternidade. Pensei que não veria novamente uma sessão de julgamento de prefeito, nem como repórter, nem como cidadão. Mas também não me surpreendo com mais nada.
EPÍLOGO: A CASSAÇÃO
– Vereador Orlando Bonilha!
O vereador havia se ausentado da sala de sessões na primeira chamada – a votação era nominal e aberta – e aguardou a segunda chamada. Eram 8h27 da manhã do dia 22 de junho de 2000, feriado de Corpus Christi. Até o momento, 13 vereadores tinham votado pela cassação de Belinati. Seis votaram pela absolvição. O 14º voto cassaria Belinati. O sétimo voto absolveria o prefeito. Bonilha pega o microfone, olha para os dois lados da galeria, lotados por cerca de 300 pessoas e depois de alguns segundos grita:
– Sim!
Estava selada a sorte do prefeito Antonio Belinati (sem partido) [essa era a situação de Belinati no momento da cassação, sem partido], o primeiro e único eleito três vezes para a Prefeitura de Londrina e o também o primeiro e único a ter o mandato cassado . O placar da votação: 14 vereadores favoráveis à cassação; 6 vereadores contrários.
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- Ponto De Vista Do Baixo Clero - Eu Vi
Quando o então vereador Orlando Bonilha gritou o “sim” que selou a cassação de Antonio Belinati (PP), olhei para o relógio do plenário da Câmara, que marcava exatamente 8h27 daquela manhã de 22 de junho de 2000. Tinha chegado ao Legislativo...
- Onze Anos
Há onze anos, na manhã de 22 de junho de 2000, por volta das 8h27, o então vereador Orlando Bonilha dava o voto decisivo para que a Câmara Municipal cassasse o mandato do então prefeito Antonio Belinati (PP). Acabava o terceiro e último mandato...
- TÚnel Do Tempo
Há 11 anos o Ministério Público não pedia o afastamento de um prefeito de Londrina. Em maio de 2000, depois de mais de um ano de investigações do escândalo que ficou conhecido como o caso Ama/Comurb, os promotores protocolaram ações civis públicas...
- Retrospecto
Caso Amauri Cardoso (PSDB) saia da Comissão Processante que investiga Rodrigo Gouvêa (sem partido), não será o primeiro caso de mudança numa Comissão Processante no meio das investigações. Em 2000, Orlando Bonilha (sem partido) deixou a presidência...
- Pdt De Olho
Nota publicada na edição que circulou no começo da manhã desta sexta no boletim da "Rede PDT", que é distribuído por e-mail, mostra que o partido está atento ao movimento de cassações e impugnações pelo país afora. E mais do que isso, defendendo...