Comunicação
O esforço por técnicas mais avançadas de recuperação da informação tem origem nos estudos de Ciência da Informação e Biblioteconomia (library science), ávidos por obter resultados mais relevantes ao consultar acervos impressos ou digitais.
O uso de metadados na internet passou por uma lenta e desafiadora evolução desde a invenção da WWW, no início dos anos 90. Se compararmos a Web a uma auto-estrata em que os hiperlinks conectam as ruas, na web 1.0 a sinalização podia ser lida apenas pelos humanos, mas não pelas máquinas.
O desenvolvimento do XML permitiu um padrão de classificação de conteúdos através de categorias convencionadas, iniciando um processo de separação entre forma e conteúdo que caracteriza a web 2.0.
A partir de 1998, a discussão evoluiu para a construção de relações entre as categorias de dados, ampliando o conceito de ontologia, que provem da antigas técnicas da biblioteconomia. Ganha forma, mais uma vez pelas mãos de Tim Berners-Lee e sua equipe, um novo conceito: "Web Semântica".
Com a web funcionam como um grande banco de dados, a auto-estrada antes interpretada por motoristas agora é comandada por carros que identificam sozinhos as rotas e verificam as condições do trânsito, sempre mantendo informados (e desocupados) os motoristas.
Chegaremos assim na web3.0, um "conjunto de tecnologias que oferecem novos modos eficientes para auxiliar computadores na organização e extração de conclusões a partir dos dados publicados", segundo definição elaborada por John Markoff em artigo no NYT.
Este texto foi baseado no artigo A Smarter Web, de John Borland, no site da revista Techlnology Review. A segunda parte desta história será publicada na terça, 20 /03.
Comentário: Inevitável pensar na resistência que motoristas-usuários mais experientes terão ao deixar os volantes de sua navegação sob o comando das ferramentas de busca e afins. Certamente voltaremos ao tema.
Atualização 20/03 - A segunda parte do artigo aprofunda as explicações sobre o desenvolvimento da web Semântica e as dificuldades encontradas no aperfeiçoamento das ferramentas. Entre elas, um antigo dilema da Inteligência Articifial: a virtual impossibilidade das máquinas reproduzirem o pensamento humano, o que impediria o computador de mapear toda a ontologia que cerca uma palavra complexa como "casamento", por exemplo.
Para o professor Clay Shirky, da Universidade de Nova York, "people forget there are humans under the hood and try to treat the Web like a database instead of a social construct".
Poderia a web 3.0 entrar em colisão com a construção social em que se baseia a versão 2.0 da internet?
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Um grupo de pesquisadores, coordenados por Walter Lima, vêm desde o início deste ano discutindo estratégias para criar uma rede acadêmica sobre Tecnologia, tendo em vista as diretrizes para a consolidação da pesquisa em Jornalismo propostas pelo...
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O Jornal A Gazeta publicou nesta sexta-feira um artigo que escrevi sobre as mudanças que a Internet está provocando no jornalismo. Como o conteúdo online do jornal é só para assinantes, transcrevo aqui o texto: Cidadãos repórteres O que determina...
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Que palavras-chave podem descrever esta imagem, produzida entre 1910 e 1915? Segundo os usuários do Flickr, "mulheres", "tecelã", "tear", "trabalho" e "indústria" são algumas das palavras que, lançadas num mecanismo de busca, representam o conteúdo...
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O uso da internet em domicílios e empresas foi mapeado em pesquisa de fôlego coordenada pelo Comitê Gestor da Internet no Brasil. O uso do meio nos lares foi levantado em 2005 após visitas a 8.540 domicílios e conversas com indivíduos a partir dos...
Comunicação
web 3.0 (ou o "piloto-automático" na internet)
O esforço por técnicas mais avançadas de recuperação da informação tem origem nos estudos de Ciência da Informação e Biblioteconomia (library science), ávidos por obter resultados mais relevantes ao consultar acervos impressos ou digitais.
O uso de metadados na internet passou por uma lenta e desafiadora evolução desde a invenção da WWW, no início dos anos 90. Se compararmos a Web a uma auto-estrata em que os hiperlinks conectam as ruas, na web 1.0 a sinalização podia ser lida apenas pelos humanos, mas não pelas máquinas.
O desenvolvimento do XML permitiu um padrão de classificação de conteúdos através de categorias convencionadas, iniciando um processo de separação entre forma e conteúdo que caracteriza a web 2.0.
A partir de 1998, a discussão evoluiu para a construção de relações entre as categorias de dados, ampliando o conceito de ontologia, que provem da antigas técnicas da biblioteconomia. Ganha forma, mais uma vez pelas mãos de Tim Berners-Lee e sua equipe, um novo conceito: "Web Semântica".
Com a web funcionam como um grande banco de dados, a auto-estrada antes interpretada por motoristas agora é comandada por carros que identificam sozinhos as rotas e verificam as condições do trânsito, sempre mantendo informados (e desocupados) os motoristas.
Chegaremos assim na web3.0, um "conjunto de tecnologias que oferecem novos modos eficientes para auxiliar computadores na organização e extração de conclusões a partir dos dados publicados", segundo definição elaborada por John Markoff em artigo no NYT.
Este texto foi baseado no artigo A Smarter Web, de John Borland, no site da revista Techlnology Review. A segunda parte desta história será publicada na terça, 20 /03.
Comentário: Inevitável pensar na resistência que motoristas-usuários mais experientes terão ao deixar os volantes de sua navegação sob o comando das ferramentas de busca e afins. Certamente voltaremos ao tema.
Atualização 20/03 - A segunda parte do artigo aprofunda as explicações sobre o desenvolvimento da web Semântica e as dificuldades encontradas no aperfeiçoamento das ferramentas. Entre elas, um antigo dilema da Inteligência Articifial: a virtual impossibilidade das máquinas reproduzirem o pensamento humano, o que impediria o computador de mapear toda a ontologia que cerca uma palavra complexa como "casamento", por exemplo.
Para o professor Clay Shirky, da Universidade de Nova York, "people forget there are humans under the hood and try to treat the Web like a database instead of a social construct".
Poderia a web 3.0 entrar em colisão com a construção social em que se baseia a versão 2.0 da internet?
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- Rede "jornalismo E Tecnologia" Busca Consolidação No Sbpjor
Um grupo de pesquisadores, coordenados por Walter Lima, vêm desde o início deste ano discutindo estratégias para criar uma rede acadêmica sobre Tecnologia, tendo em vista as diretrizes para a consolidação da pesquisa em Jornalismo propostas pelo...
- Jornalismo Online E As QuestÕes EconÔmicas
César Bolaño, da UFS, falou sobre o tema "Jornalismo Online: reflexões a partir da economia política da comunicação". Analisou questões como a fusão das redações para o trabalho jornalístico na Internet. Traçou as diferenças entre o antigo...
- CidadÃos RepÓrteres
O Jornal A Gazeta publicou nesta sexta-feira um artigo que escrevi sobre as mudanças que a Internet está provocando no jornalismo. Como o conteúdo online do jornal é só para assinantes, transcrevo aqui o texto: Cidadãos repórteres O que determina...
- Folksonomia: Usuários 'tageam' Acervo Da Biblioteca Do Congresso Dos Eua
Que palavras-chave podem descrever esta imagem, produzida entre 1910 e 1915? Segundo os usuários do Flickr, "mulheres", "tecelã", "tear", "trabalho" e "indústria" são algumas das palavras que, lançadas num mecanismo de busca, representam o conteúdo...
- Divisão Digital Em Números
O uso da internet em domicílios e empresas foi mapeado em pesquisa de fôlego coordenada pelo Comitê Gestor da Internet no Brasil. O uso do meio nos lares foi levantado em 2005 após visitas a 8.540 domicílios e conversas com indivíduos a partir dos...