Uso de suportes digitais incrementa cultura na periferia
Vídeo Player by Kaltura Entrevista: Gabriela Agustini.
Acabo de ler (com atraso) a edição de novembro da revista Época Negócios comprada na livraria por conta da reportagem de capa: A classe média que você precisa conhecer.
O conteúdo descreve uma experiência de imersão dos repórteres Marcos Todeschini e Alexa Salomão durante quatro meses na periferia de São Paulo, convivendo com famílias da Classe C.
O retrato é uma quebra de diversos paradigmas. A nova classe média, cerca de 30 milhões de brasileiros e que, em 2009 será responsável por R$ 620 bilhões em compras, segundo as pesquisas qualitativas apresentou os seguintes hábitos: prefere o custo-benenfício ao preço baixo; guarda dinheiro para o lazer, priorizando as viagens pelo Brasil; não arrisca a inadimplência; é feliz na comunidade onde vive e está conectada à Internet, usando as lan houses como ponto de encontro e sociabilização.
No Twitter, me deparo com a dica de uma entrevista em vídeo de Heloisa Buarque de Hollanda, que disponibilizo neste post, realizada durante o Seminário Internacional do Fórum da Cultura Digital Brasileira onde a pesquisadora, que trabalha com cultura de periferia e cultura digital vai ao encontro das conclusões da revista e fala do papel da Internet em proporcionar espaço para o discurso da periferia.
Heloísa, diretora do Portal Literal e professora da teoria crítica da cultura da UFRJ, aponta que as duas culturas - digital e da periferia - se cruzam positivamente, estabelecendo um novo tipo de comportamento, associado ao entretenimento e às redes sociais. A Internet está fomentando a leitura e ampliando a visibilidade para as comunidades através de blogs, por exemplo, que documentam histórias reais, cotidianas, sustentadas pelos vídeos, fotos e textos postados pelas próprias comunidades.
Do mesmo modo que observado pelos jornalistas da Época, o fenômeno das lan houses é citado por Heloísa. "A lan house é um ponto de convivência muito importante", diz. As conclusões da reportagem da Época Negócios e a entrevista de Heloísa Buarque de Hollanda convergem para o mesmo ponto que tenho dito por aqui. O consumo no Brasil, decididamente, mudou de mãos. E a Internet e outros suportes digitais dão impulso a hábitos das classes populares dentro do especto social anteriormente inatingíveis, como o da leitura. E isso é muito bom.
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