Jornalismo hiperlocal na web: quem quer participar?
Comunicação

Jornalismo hiperlocal na web: quem quer participar?


O Globo Online lançou no dia 13/04 o site Bairros.com, a página dos Jornais de Bairros de O Globo, onde cada região - são nove e mais o Centro do Rio -, tem um blog próprio, produzido pelos mesmos repórteres da versão impressa, que apuram as notícias em tempo real e enviam pelo celular.
A promessa é que o produto webjornalístico seja um modelo de interatividade e participação ds leitores, que podem enviar conteúdos através da ferramenta Eu-Repórter, comentar textos e e mandar outros, além de fotos e vídeos.
Ainda é cedo para avaliar a funcionalidade e os resultados mas, em tempos de discussões acadêmicas e mercadológicas sobre: Web 2.0, arquitetura da colaboração, motivação à participação e outros temas afins que envolvem a relação entre meios de comunicação e consumidores de informação na web, vale pontuar aqui algumas observações:
  1. O volume de comentários ainda é insignificante, considerando que os blogs referem-se a regiões bem populosas. A média é de 2 comentários por postagem.
  2. Será que transpor para a web a mesma arquitetura do jornal impresso (regiões geográficas e não bairros) foi um tiro no pé? Embora os editores façam questão de dizer que as pautas são distintas, será que o leitor web não tem uma sensação de déjà vu?
  3. É interessante poder identificar a autoria das notícias. A origem - Eu-repórter ou Opinião do leitor -, está sinalizada. Isso é bacana: pode promover o reconhecimento do público com alguém do seu bairro e fazer a "colaboração" funcionar na prática.
  4. Mas o ruim é que, além de comentar, fica difícil outra forma de interação com o produtor da notícia. O site não dispõe de ferramenta que facilite a localização rápida das postagens por autoria nem contato posterior.
  5. Profundamente irritante é que a "participação" e a "colaboração" sejam restritas a usuários cadastrados do Globo Online. A política da empresa, mesmo com gratuidade, não deixa de ser um entrave, que impede até mesmo a leitura dos comentários - a forma mais simples de interação.
  6. Pior ainda é postar notícias curtas que remetem a links exclusivos para assinantes do jornal, as "matérias na íntegra". Opa, a proposta não era criar conteúdo independente?

Bom, mas o tempo é senhor e dirá se as promessas serão ou não cumpridas, se o projeto é viável tal qual está formatado ou não. Espero na janela.




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