DESVIOS NA SERCOMTEL PODEM CHEGAR A R$ 9 MILHÕES
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DESVIOS NA SERCOMTEL PODEM CHEGAR A R$ 9 MILHÕES


O desvio ocorrido na Sercomtel com o esquema dos cartões para telefones públicos e para recarga de pré-pago pode chegar a R$ 9 milhões, segundo informações que constam do inquérito do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) que apura a situação. Mas por enquanto, o que há de concreto é um desvio de cerca de R$ 600 mil, apurado pela auditoria realizada em 2010. Esse valor se refere ao pagamento pelos cartões feito por uma empresa chamada Solterc, com cheques sem fundos. “Nos autos [do inquérito do Gaeco] se fala em até 9 milhões de desvio”, afirmou o advogado Antônio Carlos de Andrade Vianna, que defende Izaltino Toppa, o funcionário da empresa de telefonia que foi vítima de extorsão e está preso sob a suspeita de ter tentado matar um colega de trabalho.

O delegado do Gaeco, Ernandes Cezar Alves, confirmou a existência dessa informação no inquérito, mas afirmou que por enquanto trata-se de um dado solto. “São informações que surgiram, mas nada de concreto sobre esses valores. O que está sendo apurando é o valor de 600 mil dos cheques sem fundo, apurados pela própria auditoria”. O delegado afirmou que pretende pedir mais informações à Sercomtel. O objetivo é “fazer um levantamento desse período para ver se constata [a ocorrência de] outros desvios ou prejuízos”.

O presidente da Sercomtel, Christhian Schneider, afirmou que os R$ 600 mil que foram identificados na auditoria, dizem respeito aos cheques sem fundo. “Tinha várias formas de pagamento e o cheque era uma delas. A situação dos cheques foi fácil de apurar”, declarou. Questionado se o tamanho do rombo pode ser maior, Schneider respondeu que “não tem como afirmar isso”.

O esquema

Conforme Schneider, a Solterc comprava os cartões da Sercomtel e revendia tanto no atacado quanto no varejo. Para pegar esses cartões ela pagava com cheques pré-datados, dando 10 dias de prazo. Uma das formas de desvio foi a aceitação pelos fiscais do contrato de cheques sem avalistas – o que dificultaria a cobrança no caso da falta de fundos – e a concessão de prazos superiores aos 10 dias exigidos contratualmente. A Solterc trabalhou com a Sercomtel durante um ano, entre 2008 e 2009.

Em valores atuais, o desvio seria de cerca de R$ 780 mil, mais que o faturamento mensal da Sercomtel com cartões atualmente, que é de R$ 600 mil. Conforme Schneider, atualmente 70% das recargas são feitas por meios eletrônicos.

De acordo com o diretor financeiro da Sercomtel, Claudemir Molina, a empresa criou um grupo de trabalho para “auditar todo o processo” que envolve a venda de cartões, para saber se existe mais algum furo que possa resultar no desvio de recursos.

O JL não conseguiu localizar os responsáveis pela Solterc ontem para comentar o assunto.



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