Comunicação
REPORTAGEM PUBLICADA NA EDIÇÃO IMPRESSA DO JL DE HOJE
O isolamento político que dissolveu a base de apoio na Câmara, somado às denúncias de irregularidades que ocorreram durante a gestão, fizeram com que o prefeito Barbosa Neto (PDT) fosse condenado pelo “conjunto da obra”, segundo avaliam analistas ouvidos pelo JL. Barbosa acabou o mandato, abreviado na última segunda-feira, pelo Legislativo, com apenas seis parlamentares na base, menos de um terço dos vereadores, com o que tinha dificuldade para aprovar matérias ou obstruir outras, que exigem quorum qualificado. Outro fator considerado e levado em conta pelos analistas é que pelo fato de o pedetista ser um “candidato competitivo” na disputa eleitoral, sua retirada da campanha beneficiaria seus adversários.
“Dentro do jogo eleitoral a casacão de Barbosa é bem vinda para os adversários, mas só isso não explica a queda”, assinala Elve Cenci, professor de Filosofia Política da Universidade Estadual de Londrina (UEL). Cenci também assinala os diversos escândalos como um fator relevante, somado ao temor dos vereadores de, em caso absolver, “pagar com seus próprios mandatos”.
O sociólogo e professor universitário, Marco Rossi, concorda na questão eleitoral como causa para a derrocada do pedetista. Rossi acredita que a forma de Barbosa administrar, sem conseguir “costurar os laços de confiabilidade foi o elemento precipitador de todo esse processo”. Para ele, “a ausência de diálogo com a sociedade e os partidos” e “o estilo autoritário” de Barbosa fizeram com que os partidos de oposição não gostassem da ideia de ver o pedetista reeleito, com mais quatro anos para governar.
Para Rossi, a oposição conseguiu encontrar na CP da Centronic um motivo para afastar Barbosa, que na sua avaliação “bateu de frente com uma forma de fazer político que é muito atrasado”, mas que não seria obrigatoriamente avançada, por conta do “autoritarismo exagerado” do modo de Barbosa de administrar.
Populista e centralizador
Cenci acredita que também pesaram para a queda de Barbosa o seu estilo “populista e centralizador” e o desgaste sofrido com secretários que foram investigados por conta de denúncias de irregularidades, mas mantidos no cargo, cujo caso mais visível é o de André Nadai, que permaneceu na Companhia Municipal de Trânsito e Urbanização (CMTU) apesar das diversas acusações. “Ele rompeu com os apoios que recebeu da sociedade civil, demitiu aliados de primeira hora de forma humilhante”, ressaltou Cenci, lembrando do caso de Nelson Brandão, que aderiu à campanha de Barbosa em 2008 e soube da sua demissão pela imprensa.
- "pragmatismo Puro" Justifica AlianÇas
Na opinião de Elve Cenci, doutor em filosofia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e professor de ética e filosofia política da Universidade Estadual de Londrina (UEL), as alianças entre antigos adversários só pode ser entendida como...
- Barbosa Corre Contra O Tempo
No front governista, o prefeito Barbosa Neto (PDT), que perdeu quatro meses de mandato por conta do imbróglio do “terceiro turno”, não admite ainda publicamente que tentará a reeleição, mas trabalha por isso. “Precisamos cumprir com os compromissos...
- A Volta De Bertipaglia
Rogério Augusto Bertipaglia, o ex-assessor que foi pivô de cenas que constrangeram o hoje prefeito Barbosa Neto (PDT) durante a campanha eleitoral, voltou a trabalhar com o pedetista. Em 2008, Luciano Ribeiro Lopes, ex-chefe de gabinete de Barbosa Neto...
- Maioria
Os mais otimistas dos aliados de Barbosa Neto (PDT) calculam ter uma bancada de apoio com até 19 vereadores. O cálculo passa pelo grupo dos nove que apoiaram a candidatura de Sandra Graça (PP) à presidência, que reúne PDT, PP e PR, partidos que...
- SinalizaÇÕes - Belinati
Pelo que os dois candidatos têm sinalizado no horário eleitoral, o tom da última semana de campanha será mais forte. Antonio Belinati (PP) abriu duas frentes de batalha no horário eleitoral. Primeiro ele disse que está sofrendo ataques “dos mesmos...
Comunicação
BARBOSA CAIU PELO "CONJUNTO DA OBRA"
REPORTAGEM PUBLICADA NA EDIÇÃO IMPRESSA DO JL DE HOJE
O isolamento político que dissolveu a base de apoio na Câmara, somado às denúncias de irregularidades que ocorreram durante a gestão, fizeram com que o prefeito Barbosa Neto (PDT) fosse condenado pelo “conjunto da obra”, segundo avaliam analistas ouvidos pelo JL. Barbosa acabou o mandato, abreviado na última segunda-feira, pelo Legislativo, com apenas seis parlamentares na base, menos de um terço dos vereadores, com o que tinha dificuldade para aprovar matérias ou obstruir outras, que exigem quorum qualificado. Outro fator considerado e levado em conta pelos analistas é que pelo fato de o pedetista ser um “candidato competitivo” na disputa eleitoral, sua retirada da campanha beneficiaria seus adversários.
“Dentro do jogo eleitoral a casacão de Barbosa é bem vinda para os adversários, mas só isso não explica a queda”, assinala Elve Cenci, professor de Filosofia Política da Universidade Estadual de Londrina (UEL). Cenci também assinala os diversos escândalos como um fator relevante, somado ao temor dos vereadores de, em caso absolver, “pagar com seus próprios mandatos”.
O sociólogo e professor universitário, Marco Rossi, concorda na questão eleitoral como causa para a derrocada do pedetista. Rossi acredita que a forma de Barbosa administrar, sem conseguir “costurar os laços de confiabilidade foi o elemento precipitador de todo esse processo”. Para ele, “a ausência de diálogo com a sociedade e os partidos” e “o estilo autoritário” de Barbosa fizeram com que os partidos de oposição não gostassem da ideia de ver o pedetista reeleito, com mais quatro anos para governar.
Para Rossi, a oposição conseguiu encontrar na CP da Centronic um motivo para afastar Barbosa, que na sua avaliação “bateu de frente com uma forma de fazer político que é muito atrasado”, mas que não seria obrigatoriamente avançada, por conta do “autoritarismo exagerado” do modo de Barbosa de administrar.
Populista e centralizador
Cenci acredita que também pesaram para a queda de Barbosa o seu estilo “populista e centralizador” e o desgaste sofrido com secretários que foram investigados por conta de denúncias de irregularidades, mas mantidos no cargo, cujo caso mais visível é o de André Nadai, que permaneceu na Companhia Municipal de Trânsito e Urbanização (CMTU) apesar das diversas acusações. “Ele rompeu com os apoios que recebeu da sociedade civil, demitiu aliados de primeira hora de forma humilhante”, ressaltou Cenci, lembrando do caso de Nelson Brandão, que aderiu à campanha de Barbosa em 2008 e soube da sua demissão pela imprensa.
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- "pragmatismo Puro" Justifica AlianÇas
Na opinião de Elve Cenci, doutor em filosofia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e professor de ética e filosofia política da Universidade Estadual de Londrina (UEL), as alianças entre antigos adversários só pode ser entendida como...
- Barbosa Corre Contra O Tempo
No front governista, o prefeito Barbosa Neto (PDT), que perdeu quatro meses de mandato por conta do imbróglio do “terceiro turno”, não admite ainda publicamente que tentará a reeleição, mas trabalha por isso. “Precisamos cumprir com os compromissos...
- A Volta De Bertipaglia
Rogério Augusto Bertipaglia, o ex-assessor que foi pivô de cenas que constrangeram o hoje prefeito Barbosa Neto (PDT) durante a campanha eleitoral, voltou a trabalhar com o pedetista. Em 2008, Luciano Ribeiro Lopes, ex-chefe de gabinete de Barbosa Neto...
- Maioria
Os mais otimistas dos aliados de Barbosa Neto (PDT) calculam ter uma bancada de apoio com até 19 vereadores. O cálculo passa pelo grupo dos nove que apoiaram a candidatura de Sandra Graça (PP) à presidência, que reúne PDT, PP e PR, partidos que...
- SinalizaÇÕes - Belinati
Pelo que os dois candidatos têm sinalizado no horário eleitoral, o tom da última semana de campanha será mais forte. Antonio Belinati (PP) abriu duas frentes de batalha no horário eleitoral. Primeiro ele disse que está sofrendo ataques “dos mesmos...