Vastas emoções e pensamentos imperfeitos...
Comunicação

Vastas emoções e pensamentos imperfeitos...


Viva!, como dizem os bracarenses. Como prometido, cá estou. Ainda que eu “lá” esteja, lá do outro lado do Atlântico. Mas como esse mundinho web se faz no aqui e no agora, isso pouco importa também, não é? Mezzo lá e mezzo cá. E pronto. Só desconsiderem – os brasileiros – o horário do post. Certamente que estarei quatro horas à frente. E relevem, por gentileza, as notas pouco atuais. Foram coisas que captei na última semana. Bem, em suma: tentarei manter o Intermezzo daqui mesmo dessas terras lusas, conforme o tempo permitir. Agora, é claro que meus recortes de mundo serão outros. Já estou mergulhando na mídia portuguesa e inevitavelmente vou deixar por aqui registros dessa realidade.

Então vamos ao primeiro. O caderno de Computadores do jornal O Público trouxe, no último dia 27/09, uma matéria de Pedro Fonseca sobre o projeto Wikipedia -- para quem não se lembra, trata-se daquela enciclopédia online multilíngue elaborada por voluntários de todo o planeta. O texto levanta uma questão bem pertinente: sabe-se que a enciclopédia é realmente um sucesso – ultrapassou na semana passada um milhão de artigos -- , mas pode ser considerada uma fonte de consulta fiável? Quem é que faz, no final das contas, a “mediação”entre a informação bruta e o usuário final da obra? Certamente que os autores dos termos que lá estão nem todos têm uma formação especializada capaz de colocá-los em uma condição de editar artigos de enciclopédias. Só para se fazer uma rápida comparação, enquanto a Wikipedia aceita a colaboração de qualquer pessoa, a Encyclopedia Britannica mantém uma equipe de 20 editores e 2500 especialistas para validar qualquer termo inserido na obra. Por que estou dizendo tudo isso? Simplesmente porque me fez lembrar que essa questão da mediação – ou talvez melhor dizer da auto-edição -- também se dá no campo jornalístico. Principalmente através dos blogs jornalísticos mantidos por não-jornalistas (?), o que tem deixado muita gente de cabelo em pé. Fica aí, então a sugestão do texto (e da reflexão); o artigo, inclusive, traz outras informações interessantes, vale a pena.

Vamos ao segundo registro. Há algum tempo havia citado aqui o Cenaberta, jornal da Associação Portuguesa para o Intercâmbio Teatral; isso à época em que notamos um esforço do jornalista Tozé Silva para criar uma versão digital do jornal. Pois bem, eis que visitando a Espaço Alternativo P.T, no centro de Braga, peguei um exemplar do jornal em mãos. Essa edição, de Julho de 2004, que aqui tenho, penso que seja a primeira que foi publicada online. E lá se diz: “o destaque vai para o envio regular de newsletters com as notícias que fazem o online”. Aqui em www.cenalusofona.pt/cenaberta.

Terceira nota para o Intermezzo, esse provindo da minha primeira aula da disciplina de Cultura, Mídia e Tecnologia, lindamente proferida pelo Prof. Moisés Martins. Vejam se a frase não é algo assim inspirador: “Nunca nenhuma época produziu em tão pouco tempo tanto passado como agora. A notícia é um depois”.

Mais algum pano pra manga:
.Reuters entra no mercado norte-americano com proposta multimídia, aqui
.La cobertura del 11-M convierte a elmundo.es en líder mundial de infografía y diseño en Internet, aqui
.Web is vital for new BBC audiences, Journalism.co.uk, aqui



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