Comunicação
A Sercomtel pode passar por um “rearranjo societário”, com a entrada de novos parceiros, que trariam o dinheiro negado pelos acionistas, em resposta ao pedido de aporte de capital de R$ 47 milhões, feito no começo do ano. Essa é uma das propostas que estão sendo estudadas pela direção da empresa de telefonia para enfrentar a crise pela qual passa a empresa e torna-la competitiva. De acordo com o presidente da Sercomtel, Christian Schneider, essa faz parte das “medidas de médio e longo prazo” para tornar a empresa competitiva. No curto prazo, além de “um plano de reestruturação” com “um corte grande de custos fixos”, está sendo encaminhada a venda do terreno da empresa localizado na avenida Higienópolis e que segundo avaliações preliminares, custaria cerca de R$ 20 milhões, valor que poderia aumentar em um leilão.
Para a venda do imóvel da avenida Higienópolis não seria necessário pedir autorização legislativa. O único empecilho é que ele foi usado como garantia em um Procedimento de Apuração de Descumprimento de Obrigação (Pado) em andamento na Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel). Schneider afirmou que para vender é preciso dar outra garantia no lugar do imóvel, o que não seria difícil. O maior problema seria a entrada de novos parceiros, que poderia também mudar o quadro societário, que hoje tem a Prefeitura de Londrina com 55% das ações e a Copel com 45%. Uma lei municipal condiciona à realização de um plebiscito a perda do controle acionário pela Prefeitura. Houve um plebiscito em 2001, mas na oportunidade o “não” venceu.
A forma como será feita essa entrada dos novos parceiros ainda está em estudo. Ela pode acontecer mesmo que a Prefeitura não venda parte das suas ações – se um parceiro entrar com um aporte de capital, o porcentual de ações da Prefeitura pode cair para menos de 50% sem que seja vendida uma única ação. Schneider afirma que a forma pela qual serão recebidos os novos acionistas ainda está em estudo. O aporte pode acontecer, também, por meio de parcerias pontuais, em alguns negócios, sem que o quadro societário seja afetado.
“Existem inúmeras saídas. A Sercomtel não tem que competir em escala porque não tem condições de concessão e autorização. Tem que virar empresa de nichos, se transformar numa empresa segmentada, que opera onde ela pode ter lucro”, explicou Schneider.
Procurado pelo JL, o prefeito Alexandre Kireeff (PSD) afirmou que os acionistas esperam uma resposta da empresa para a crise que a Sercomtel enfrenta, para depois tomar uma decisão. “Isso parte da empresa para os acionistas e não dos acionistas para a empresa”, declarou o prefeito. Segundo ele, a meta é “apresentar algumas alternativas de ampliação de competitividade da empresa”.
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Comunicação
SERCOMTEL PODE PASSAR POR "REARRANJO SOCIETÁRIO"
A Sercomtel pode passar por um “rearranjo societário”, com a entrada de novos parceiros, que trariam o dinheiro negado pelos acionistas, em resposta ao pedido de aporte de capital de R$ 47 milhões, feito no começo do ano. Essa é uma das propostas que estão sendo estudadas pela direção da empresa de telefonia para enfrentar a crise pela qual passa a empresa e torna-la competitiva. De acordo com o presidente da Sercomtel, Christian Schneider, essa faz parte das “medidas de médio e longo prazo” para tornar a empresa competitiva. No curto prazo, além de “um plano de reestruturação” com “um corte grande de custos fixos”, está sendo encaminhada a venda do terreno da empresa localizado na avenida Higienópolis e que segundo avaliações preliminares, custaria cerca de R$ 20 milhões, valor que poderia aumentar em um leilão.
Para a venda do imóvel da avenida Higienópolis não seria necessário pedir autorização legislativa. O único empecilho é que ele foi usado como garantia em um Procedimento de Apuração de Descumprimento de Obrigação (Pado) em andamento na Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel). Schneider afirmou que para vender é preciso dar outra garantia no lugar do imóvel, o que não seria difícil. O maior problema seria a entrada de novos parceiros, que poderia também mudar o quadro societário, que hoje tem a Prefeitura de Londrina com 55% das ações e a Copel com 45%. Uma lei municipal condiciona à realização de um plebiscito a perda do controle acionário pela Prefeitura. Houve um plebiscito em 2001, mas na oportunidade o “não” venceu.
A forma como será feita essa entrada dos novos parceiros ainda está em estudo. Ela pode acontecer mesmo que a Prefeitura não venda parte das suas ações – se um parceiro entrar com um aporte de capital, o porcentual de ações da Prefeitura pode cair para menos de 50% sem que seja vendida uma única ação. Schneider afirma que a forma pela qual serão recebidos os novos acionistas ainda está em estudo. O aporte pode acontecer, também, por meio de parcerias pontuais, em alguns negócios, sem que o quadro societário seja afetado.
“Existem inúmeras saídas. A Sercomtel não tem que competir em escala porque não tem condições de concessão e autorização. Tem que virar empresa de nichos, se transformar numa empresa segmentada, que opera onde ela pode ter lucro”, explicou Schneider.
Procurado pelo JL, o prefeito Alexandre Kireeff (PSD) afirmou que os acionistas esperam uma resposta da empresa para a crise que a Sercomtel enfrenta, para depois tomar uma decisão. “Isso parte da empresa para os acionistas e não dos acionistas para a empresa”, declarou o prefeito. Segundo ele, a meta é “apresentar algumas alternativas de ampliação de competitividade da empresa”.
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