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A primeira correspondência na qual a Centronic reclama do atraso nos pagamentos é datada de 9 de março de 2009 e assinada pelo gerente da empresa em Londrina, Paulo Sérgio Iora. “O atraso vem causando uma série de transtornos ao fluxo de caixa da empresa, acarretando o atraso no pagamento com vários fornecedores essenciais ao nosso ramo de atividade”, reclama Iora no ofício. No dia 16, por meio do ofício 44/2009, a Centronic pede a rescisão do contrato: “devido a não estarmos conseguindo honrar nossos compromissos com nossos fornecedores em dia (...) viemos através deste solicitar o cancelamento imediato do contrato”, diz o texto.

No verso do ofício, despacho feito por servidores de carreira, é informado que “os pagamentos de janeiro foram efetuados normalmente” e que com relação a fevereiro, o pagamento estava previsto para o dia 19 de março. Em 20 de março, por meio do ofício 45/2009, a Centronic informa que “a partir da 0 hora de hoje os serviços prestados referentes ao contrato citado não serão mais efetuados”.

No dia 26 de março, a vontade da Centronic é atendida e o contrato é rescindido, num acordo assinado pelo então secretário de Gestão Pública, Nilso Paulo da Silva e pelo representante da empresa, Paulo Sérgio Iora.

No dia 6 de abril, a Centronic encaminhou dois ofícios pedindo a “revogação da rescisão contratual”, alegando que houve “regularização das pendências apontadas por parte do município das pendências apontadas” nos ofícios anteriores. Em 8 de abril, novo ofício reiterando o pedido de “revogação da rescisão contratual”.

A empresa foi atendida. Tanto que o contrato só foi encerrado em abril deste ano, dois meses depois de a prefeitura descobrir que a Centronic foi declarada inidônea pela Prefeitura de Curitiba em setembro de 2006, um mês depois de assinar contrato com a Prefeitura de Londrina.



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