OPINIÃO BAIXO CLERO – QUEM GANHA E QUEM PERDE
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OPINIÃO BAIXO CLERO – QUEM GANHA E QUEM PERDE


Transformada em novela, a queda de braço em torno do preço da tarifa do transporte coletivo em Londrina, tem vários vencedores e dois grandes derrotados: o usuário e os motoristas e cobradores.

As empresas ganham porque fatalmente levarão o aumento para casa. O preço da passagem vai subir e ninguém em sã consciência nega essa hipótese, cada vez mais palpável. Dessa forma, sem se expor muito, quem explora o serviço ganhou.

Os vereadores da CEI da planilha não vão conseguir fazer com que prevaleça a passagem a R$ 1,99 – que na realidade já representa um recuo no discurso do início dos trabalhos, quando todos falavam em redução –, mas também não perdem nada. Em primeiro lugar porque não precisam de ônibus para exercer o direito de ir e vir. E em segundo, porque fizeram grande estardalhaço, ganharam holofotes, junto com discurso e dividendos políticos. Se refreassem um pouco o ímpeto, teriam um ganho político maior: propostas esdrúxulas como a entrada do “transporte alternativo” repercutiram mal e foram amplamente rechaçadas. Ainda assim, a CEI da planilha ganhou a parada – do ponto de vista político.

O prefeito Barbosa Neto (PDT), que fatalmente assinará o decreto aumentando o preço da passagem, sai na foto como um político “responsável”, que evitou o caos que seria a greve do transporte. A dramaticidade do momento faz com que a sociedade engula o mal menor – o aumento da passagem.

O Sinttrol ganha, porque consegue reajuste para seus representados e garante governabilidade junto à sua base para se manter à frente da categoria.

Entre tantos vencedores, dois atores saem derrotados da guerra dos ônibus: os usuários, que terão que desembolsar R$ 0,15 a mais por viagem (R$ 0,30 por dia, para quem faz duas viagens; R$ 7,50 a mais por mês para quem faz duas viagens em 25 dias úteis e R$ 90 no final do ano). São eles que pagam a conta.

Motoristas e cobradores, embora saiam com a reposição das perdas salariais no bolso, também perdem. Perdem do ponto de vista político, por terem sido massa de manobra de um sindicato afinado com o discurso das empresas e das próprias empresas, que se beneficiam, indiretamente, do legítimo direito à greve, conquistado por gerações de trabalhadores e usurpado pelo sindicalismo pelego e politiqueiro.



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