MÍDIA E SEGURANÇA PÚBLICA
Comunicação

MÍDIA E SEGURANÇA PÚBLICA


Vou falar hoje sobre mídia e segurança pública no evento que trata de segurança pública, organizado pela OAB, Ministério Público e Arquidiocese. Minha fala será Às 16 horas e terá 15 minutos de duração. Primeiro tenho que falar que os organizadores tiveram duas boas ideias. Uma foi fazer o evento. Acredito que quando a sociedade se organiza e toma para si o problema, já é um primeiro passo para o enfrentamento dele. Como sempre diz o ambientalista João das Águas, quem não faz parte da solução, faz parte do problema. A segunda boa ideia foi o formato do evento: 15 minutos para cada expositor, o tempo de uma comunicação acadêmica. Em vez de chamar um iluminado que revelará todos os segredos da humanidade, 15 minutos para cada mortal dar a sua colaboração (no meu caso bem humilde). Vou dividir a minha fala em três partes:

1 – a fundamentação filosófica do jornalismo (bem de leve) Vou usar o princípio da publicidade, do Kant, encontrado no livro Rumo à paz perpétua. Esse princípio é um dos pilares filosóficos do jornalismo, que mostra o seu DNA iluminista e justifica não só o dever das autoridades de prestar informações, como também o direito do cidadão de conhecer e o direito dos jornalistas de buscarem informações.

2 – a lógica de funcionamento do campo jornalístico (também de leve) Aqui eu vou falar basicamente dos critérios de noticiabilidade, aqueles critérios a partir dos quais a imprensa define o que vai ser noticiado ou não. Eles dão, vamos dizer assim, a lógica de funcionamento da mídia. Aquelas questões como, o que rompe com a normalidade, o que tem interesse público, o que tem relevância (etc, etc, etc,), são os fatos que viram notícias. Ainda nesse tópico, a questão da luta pela audiência – a mídia vive de audiência, busca a atenção dos leitores/ouvintes/telespectadores para ser relevante e negociar com o mercado publicitário. E muitas vezes a luta pela audiência encaminha para soluções polêmicas.

3 – como o jornalismo pode colaborar (sem sensacionalismo, por exemplo). Aqui entra numa discussão sobre sensacionalismo, que eu acho que é importante para encaminhar para a contribuição da imprensa. A linha que separa a divulgação de uma matéria por si só polêmica ou com potencial de repercussão forte do sensacionalismo é muito tênue. Lembro, por exemplo, que nos anos 90 ocorreram casos de necrofilia no cemitério Jardim da Saudade. A notícia por si só já é fora do comum. Mas teve gente que, além de noticiar, veiculou imagens dos cadáveres. A veiculação das imagens esbarrou no sensacionalismo, era desnecessária para informar um fato que por si só já era forte. Quando faz sensacionalismo a mídia faz um desserviço. Em resumo, é essa a minha contribuição.



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