Comunicação
Minha dissertação de mestrado (Imprensa e política – o caso Belinati), que lancei em livro, é relativamente conhecida no meio acadêmico, particularmente em Londrina, dada a relevância do tema – não estou entrando no mérito quanto à qualidade da análise, o que não cabe a mim avaliar. O professor e jornalista Bernardo Kucinski, que foi membro da banca, citou-o em livro lançado em 2005 (Jornalismo na era virtual – ensaios sobre o colapso da razão ética).
Já minha monografia de especialização, defendida em 2000, no curso de Especialização em Sociologia da UEL (A degradação no mundo do trabalho e a barbárie na televisão), é uma completa desconhecida – exceto da banca que me avaliou.
Nela, para analisar a baixaria na telinha (leia-se barbárie) eu faço um diálogo entre dois textos: um de Engels e outro de Marx. De Engels eu uso “O papel do trabalho na transformação do mono em homem”, que está no livro “A dialética da natureza”. Nesse texto ele mostra como o trabalho tem um papel essencial no processo da evolução humana. Ele socializa e humaniza o homem.
De Marx eu uso um texto dos “Manuscritos”, intitulado “O trabalho alienado”. Para não cansar o leitor, em resumo Marx diz que o trabalho alienado, feito sob o modo capitalista de produção, faz com que o homem regrida na sua condição humana. Ele torna o homem uma mercadoria e o desumaniza. Marx afirma:
“Certamente o trabalho produz maravilhas para os ricos, mas produz privações para o trabalhador. Produz palácios, mas para o trabalhador choças. Produz beleza, mas deformidades para o trabalhador. Produz espírito, mas origina estupidez e cretinismo para o trabalhador” (MARX, Karl. El trabajo enajenado. In: Primer Manuscrito. p. 108).
O trabalho alienado é responsável por gerar um tipo de trabalhador que em alguns casos é capaz até de fazer o patético papel de leão de chácara do seu patrão (dono?), defendendo-o com uma voracidade incomum.
Gente digna de pena...
- Ritmo Baixo
O leitor habittual do Baixo Clero deve ter notado deve ter notado que o volume de postagens em novembro foi inferior ao habitual, o que significa dizer que o ritmo de produção deste blog está abaixo do normal. Devo um pedido de desculpas por não ter...
- Best Seller
Tem coisas que só o tempo livre faz por você. Até ler uma revista chamada “Mundo estranho”, que eu nunca tinha visto antes. Na edição de dezembro, a revista soltou uma nota informando que dispararam as vendas do livro “O Capital”, de Karl...
- Tccs – Parte I
Quem leciona sabe que esta época do ano é marcada pelas bancas de Trabalho de Conclusão de Curso (TCCs). Neste semestre eu orientei três trabalhos – a terceira banca será hoje à noite, um trabalho do aluno José Barone. Minhas outras duas orientandas,...
- Sobre A Publicidade
"'O sucesso já não é mais a publicidade trabalhando para o mercado, mas o mercado triunfante trabalhando para a publicidade. Mais exatamente, o mercado funciona como suporte à publicidade, porque esta informa sob uma vasta paisagem a ser conhecida...
- O Germe Da Destruição Do Capitalismo
Estaria Karl Marx correto? "Como sabemos, Marx acreditava que o capitalismo contém em si o germe de sua própria destruição. Assim, há uma combinação de desperdício (pela produção excessiva de bens) e de escassez (dada pela inacessibilidade da...
Comunicação
MARX, ENGELS...
Minha dissertação de mestrado (Imprensa e política – o caso Belinati), que lancei em livro, é relativamente conhecida no meio acadêmico, particularmente em Londrina, dada a relevância do tema – não estou entrando no mérito quanto à qualidade da análise, o que não cabe a mim avaliar. O professor e jornalista Bernardo Kucinski, que foi membro da banca, citou-o em livro lançado em 2005 (Jornalismo na era virtual – ensaios sobre o colapso da razão ética).
Já minha monografia de especialização, defendida em 2000, no curso de Especialização em Sociologia da UEL (A degradação no mundo do trabalho e a barbárie na televisão), é uma completa desconhecida – exceto da banca que me avaliou.
Nela, para analisar a baixaria na telinha (leia-se barbárie) eu faço um diálogo entre dois textos: um de Engels e outro de Marx. De Engels eu uso “O papel do trabalho na transformação do mono em homem”, que está no livro “A dialética da natureza”. Nesse texto ele mostra como o trabalho tem um papel essencial no processo da evolução humana. Ele socializa e humaniza o homem.
De Marx eu uso um texto dos “Manuscritos”, intitulado “O trabalho alienado”. Para não cansar o leitor, em resumo Marx diz que o trabalho alienado, feito sob o modo capitalista de produção, faz com que o homem regrida na sua condição humana. Ele torna o homem uma mercadoria e o desumaniza. Marx afirma:
“Certamente o trabalho produz maravilhas para os ricos, mas produz privações para o trabalhador. Produz palácios, mas para o trabalhador choças. Produz beleza, mas deformidades para o trabalhador. Produz espírito, mas origina estupidez e cretinismo para o trabalhador” (MARX, Karl. El trabajo enajenado. In: Primer Manuscrito. p. 108).
O trabalho alienado é responsável por gerar um tipo de trabalhador que em alguns casos é capaz até de fazer o patético papel de leão de chácara do seu patrão (dono?), defendendo-o com uma voracidade incomum.
Gente digna de pena...
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