ENTREVISTA: ALAN FLORE DIZ QUE ATUAÇÃO NO GAECO POSSIBILITOU "PROMOÇÃO" PARA A DENARC
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ENTREVISTA: ALAN FLORE DIZ QUE ATUAÇÃO NO GAECO POSSIBILITOU "PROMOÇÃO" PARA A DENARC


Com a mudança no comando da Polícia Civil do Paraná, o delegado Alan Flore, que durante 10 dos 11 anos em que está na polícia paranaense atuou no Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), foi alçado ao comando da Divisão Estadual de Narcóticos (Denarc). Com a experiência de quem investigou de tráfico de drogas a irregularidades praticadas por políticos no Gaeco, Flore vai comandar os sete núcleos da divisão no Estado e combater os traficantes que fazem do Paraná não só uma “porta de entrada”, como também um “corredor” para as drogas que chegam de países vizinhos. Em entrevista concedida ontem, ao JL, Flore fala sobre a importância da experiência no Gaeco e a sua ascensão à cúpula da polícia.

Como o senhor avalia os 10 anos de trabalho no Gaeco?

Alan Flore – Como nós iniciamos o trabalho tivemos que aprender a trabalhar em conjunto, porque foi uma experiência nova para todas as instituições envolvidas e para os profissionais que estavam integrando o grupo. Com o tempo nós aprendemos com os erros e acertos e tivemos ao longo de todo o período diversos casos que estavam revestidos de complexidade, de certa dificuldade na investigação e isso nos ensinou muito.

Foi esse trabalho no Gaeco que alçou o senhor a essa promoção.

Flore – Acredito que a atuação aqui no grupo me deu condições, bagagem para poder almejar um cargo como esse, Divisional. Esse cargo está situado na cúpula da Polícia Civil e me senti muito honrado com o convite, muito prestigiado pelo novo delegado geral.

O Gaeco de Londrina tem uma atuação que repercute em todo o Estado. Tanto que nas investigações dos diários secretos, o Gaeco foi chamado para ajudar. Foi o senhor, inclusive, que cumpriu o mandado de prisão contra o Bibinho (Abib Miguel, ex-diretor da Assembleia Legislativa).

Flore – Quando existia a necessidade das unidades se juntarem, isso ocorria de forma bastante normal. Nesse caso específico da Assembleia Legislativa, o membro do Gaeco de Londrina que efetivamente teve participação na investigação foi o Cláudio Esteves. Eu estive lá para dar apoio operacional e para cumprir as ordens judiciais de busca. Mas acho que todos os casos foram significativos no sentido de nos dar experiência para continuar fazendo o enfrentamento do que nós consideramos crime organizado.

O Paraná é rota de passagem da droga que é consumida na região sudeste e também é consumidor de drogas.

Flore – A porta de entrada e ao mesmo tempo um corredor para o tráfico. Porque muitas vezes a droga pode entrar pelo Mato Grosso do Sul. Como também tem a entrada pelo Paraguai, que pode gerar um problema muito grande. Trabalho não falta para a Denarc.

O senhor tem uma noção geral de como está a estrutura da Denarc no Estado? Aqui em Londrina a estrutura é precária?

Flore – A estrutura do grupo aqui em Londrina está muito boa, a sede física é muito boa e temos um grupo de policiais que vem trazendo resultados significativos e é uma unidade muito atuante.

Na visão que o senhor tem ao chegar ao cargo é questão de ampliar, reforçar estrutura?

Flore – Eu não tenho o ainda conhecimento sobre os detalhes que envolvem a parte administrativa da Denarc. Eu sei que é um trabalho que já estava muito bem estruturado com boas equipes de trabalho e que já está em funcionamento. Até porque era o próprio doutor Riad (Braga Farhat, novo delegado chefe da Polícia Civil) que estava coordenando. Ele deixa uma estrutura pronta e o próximo delegado divisional agora tem como atribuição manter esse trabalho. Não sei de detalhes sobre como funciona a divisão e não tive oportunidade de conversar sobre esses detalhes com o doutor Riad.

O fato de o senhor ter trabalhado no Gaeco faz com que o seu perfil seja mais operacional?

Flore – Eu me autoavalio como um delegado que tem perfil administrativo, mas também operacional. Eu já era policial antes de ser delegado, fui investigador de polícia em São Paulo, tenho bastante atração pelo trabalho operacional. No exercício das atribuições de delegado também existe grande parte de atividades administrativas e eu pretendo conciliar essas duas características. Acompanhar as operações, mas ao mesmo tempo poder dar um suporte necessário para todas as atividades.

O senhor pretende manter a mesma equipe de delegados chefiando os núcleos ou pretende fazer mudanças?

Flore – Como eu disse a divisão está muito bem estruturada, não acredito que no primeiro momento seja necessário algum tipo de mudança. Depois desse contato vou ter uma visão um pouco mais exata, envolvendo recursos humanos.

Aqui em Londrina o senhor pretende manter o delegado Lanevílton Theodoro Moreira?

Flore – O Lanevílton é um excelente delegado, é capacitado e exerce a chefia do núcleo de Londrina de uma forma bastante eficiente. Fizemos [Gaeco] diversos trabalhos com o Denarc.

Quem será o novo delegado do Gaeco?

Flore – Não tem nome por enquanto. Primeiro tem a indicação do nome, depois cabe a ele aceitar e a chefia dele liberar, e também os superiores hierárquicos. A palavra final é do secretário de Segurança.



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