DIRETO DO JL - CRISE POLÍTICA OFUSCA O DEBATE ELEITORAL
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DIRETO DO JL - CRISE POLÍTICA OFUSCA O DEBATE ELEITORAL


Com um prefeito cassado, Barbosa Neto (PDT) e outro sem condições de administrar depois de ter confessado que “transportou” propina recebida de empresários que forneceram kits escolares à Prefeitura, José Joaquim Ribeiro (sem partido), Londrina vive uma crise política que concentra as atenções e ameaça engolir o debate eleitoral. O reflexo é que o debate eleitoral, que decide a situação da cidade pelos próximos quatro anos, não está sendo feito com a profundidade que o assunto mereceria. “A instabilidade política envenena toda a sociedade, inclusive o processo eleitoral. Hoje Londrina deveria estar discutindo os próximos quatro anos, não os próximos quatro meses”, declara o presidente da Associação Comercial e Industrial de Londrina (Acil), Flávio Balan.

“É hora de falar sobre o desenvolvimento, a educação, a saúde, o planejamento urbano, a gestão pública, a transparência administrativa. Tudo isso fica em segundo plano quando se sabe que o prefeito é réu confesso. Permanecendo no cargo, o senhor José Ribeiro lança uma sombra sobre a cidade – e, por extensão, sobre a campanha”, prossegue o representante do empresariado. Sem citar o nome do ex-prefeito, Balan lembra que “o nome de um dos candidatos faz parte da confissão de Ribeiro”.

O advogado Jorge Custódio, coordenador do movimento “Por amor a Londrina”, que desde o começo da semana faz vigília em frente à Prefeitura para pressionar pela renúncia de Ribeiro, admite que “ninguém queria e nem esperava” pelo novo escândalo, depois da cassação de Barbosa. E o novo escândalo “tira o foco da discussão das propostas [dos candidatos]” e “prejudica o debate”, embora Custódio não negue a relevância de “discutir o problema da corrupção”.

O presidente da Ordem dos Advogados do Brasil, Elizandro Pellin, acredita que a crise não está ofuscando o debate eleitoral porque, apesar de “a cidade inteira estar em polvorosa”, há preocupação com “a questão administrativa propriamente dita”, o que abre espaço para o debate eleitoral. “No último debate [entre os candidatos, terça-feira, na Rede Massa] praticamente não se comentou sobre isso [a crise]”, declarou Pellin. Para ele, a crise só influencia a questão eleitoral no que diz respeito a Barbosa “que é candidato e que tem os reflexos desses problemas que afetam a candidatura dele”.

O presidente da OAB entende que a crise pode colaborar para que o eleitorado reflita a partir dos problemas que estão ocorrendo agora. Ele acredita que “a imprensa pode ajudar a fazer com que a sociedade reflita e esteja em condições, nesse momento de calor, para analisar o seu voto”. Esse, para Pellin, “é o lado positivo de toda essa crise próxima ao período eleitoral”.



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