Comunicação
A descoberta de novas provas “clonadas”, inclusive com a confissão de alguns examinadores de que copiaram questões da internet, somadas à denúncia de oferta de venda de uma prova dentro da própria Vila da Saúde, sede da Secretaria Municipal de Saúde, além de irmãos de dois examinadores prestando as provas foram decisivos para a anulação do concurso para os 432 cargos no setor, anunciada sexta-feira pelo prefeito Alexandre Kireeff (PSD). A anulação atendeu recomendação da promotora de Defesa do Patrimônio Público, Sandra Koch, que investiga o caso desde o dia 1º de agosto. Entre os novos casos de “clonagens” de questões, além das duas que foram denunciadas com pelo JL, estão os casos das provas para o cargo de médico, com 20 questões copiadas (14 de uma única prova) e nutricionista, com sete questões plagiadas.
Paralelamente às investigações do Ministério Público, a Prefeitura fez as suas apurações. A justificativa da administração municipal para a mudança da data da divulgação do resultado do concurso, de 5 para 12 de agosto, foram as apurações internas. Apesar dos indícios de irregularidades, o resultado foi divulgado, para confirmar se os candidatos que eram irmãos dos examinadores seriam aprovados. Um foi e outro não. Kireeff afirmou que nas apurações internas, quando questionados apenas verbalmente, os responsáveis pelas provas falavam uma coisa. Depois, quando era pedido que respondessem por escrito, a resposta mudava. “Disseram que não tinham copiado nenhuma questão da prova para médico”, contou o prefeito. No papel a resposta mudou.
De acordo com a promotora Sandra Koch, havia outros motivos para anular a prova. “Havia muito interesse interno de servidores e de pessoas que estão contratadas internamente no sistema. Isso, por si só, seria motivo para não utilizar o sistema interno para fazer as provas”, declarou a promotora. Os “interesses internos” em jogo seriam tanto de servidores da Prefeitura, quanto de funcionários temporários que atuam nos serviços que são objeto de concurso.
Durante o procedimento do MP, alguns examinadores – com titulação acadêmica – admitiram ter copiado questões da internet. “Uma das questões é saber porque alguém é chamado, tendo formação superior e pós-graduação e faz cópias de questões. Se fosse para copiar não seria necessário contratar”, afirmou Sandra Koch, lembrando que a Prefeitura pagou R$ 1 mil para os examinadores.
Uma das questões mais graves é da oferta de uma prova para um candidato, dentro da Vila da Saúde. Sandra Koch afirmou que estão sendo feitas “diligências para apurar o nome de quem teria feito a oferta”. O nome do denunciante e da pessoa citada por ele como autor da tentativa de venda são mantidos sob sigilo. Outro ponto questionado foi o fato de um dos organizadores ter feito inscrição para participar do concurso.
Nessa semana o procedimento deve ser transformado num inquérito civil que continuará investigando, para apurar responsabilidades pelos problemas no concurso.
- Maior Custo Foi Com ComissÃo Examinadora
Dos R$ 407,9 mil investidos pela Secretaria de Saúde para realizar o concurso realizado em julho e anulado no mês passado, o maior gasto foi com a comissão examinadora, que custou R$ 190,6 mil. O segundo maior gasto foi com os fiscais de provas, R$...
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Como ainda não foi tornada pública a prestação de contas do que foi arrecadado com o ex-concurso da saúde e de como isso foi gasto, vamos às especulações. Digamos que os mais de 13 mil candidatos tenham recolhido um total de R$ 500 mil (as inscrições...
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O prefeito Alexandre Kireeff (PSD) justificou a prorrogação da divulgação do resultado do concurso – que passou de 5 para 12 de agosto – com a necessidade de aprofundar investigações internas sobre as supostas irregularidades do concurso. Ele...
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CONCURSO DA SAÚDE: MP IDENTIFICOU NOVOS PLÁGIOS E MAIS SUSPEITAS
A descoberta de novas provas “clonadas”, inclusive com a confissão de alguns examinadores de que copiaram questões da internet, somadas à denúncia de oferta de venda de uma prova dentro da própria Vila da Saúde, sede da Secretaria Municipal de Saúde, além de irmãos de dois examinadores prestando as provas foram decisivos para a anulação do concurso para os 432 cargos no setor, anunciada sexta-feira pelo prefeito Alexandre Kireeff (PSD). A anulação atendeu recomendação da promotora de Defesa do Patrimônio Público, Sandra Koch, que investiga o caso desde o dia 1º de agosto. Entre os novos casos de “clonagens” de questões, além das duas que foram denunciadas com pelo JL, estão os casos das provas para o cargo de médico, com 20 questões copiadas (14 de uma única prova) e nutricionista, com sete questões plagiadas.
Paralelamente às investigações do Ministério Público, a Prefeitura fez as suas apurações. A justificativa da administração municipal para a mudança da data da divulgação do resultado do concurso, de 5 para 12 de agosto, foram as apurações internas. Apesar dos indícios de irregularidades, o resultado foi divulgado, para confirmar se os candidatos que eram irmãos dos examinadores seriam aprovados. Um foi e outro não. Kireeff afirmou que nas apurações internas, quando questionados apenas verbalmente, os responsáveis pelas provas falavam uma coisa. Depois, quando era pedido que respondessem por escrito, a resposta mudava. “Disseram que não tinham copiado nenhuma questão da prova para médico”, contou o prefeito. No papel a resposta mudou.
De acordo com a promotora Sandra Koch, havia outros motivos para anular a prova. “Havia muito interesse interno de servidores e de pessoas que estão contratadas internamente no sistema. Isso, por si só, seria motivo para não utilizar o sistema interno para fazer as provas”, declarou a promotora. Os “interesses internos” em jogo seriam tanto de servidores da Prefeitura, quanto de funcionários temporários que atuam nos serviços que são objeto de concurso.
Durante o procedimento do MP, alguns examinadores – com titulação acadêmica – admitiram ter copiado questões da internet. “Uma das questões é saber porque alguém é chamado, tendo formação superior e pós-graduação e faz cópias de questões. Se fosse para copiar não seria necessário contratar”, afirmou Sandra Koch, lembrando que a Prefeitura pagou R$ 1 mil para os examinadores.
Uma das questões mais graves é da oferta de uma prova para um candidato, dentro da Vila da Saúde. Sandra Koch afirmou que estão sendo feitas “diligências para apurar o nome de quem teria feito a oferta”. O nome do denunciante e da pessoa citada por ele como autor da tentativa de venda são mantidos sob sigilo. Outro ponto questionado foi o fato de um dos organizadores ter feito inscrição para participar do concurso.
Nessa semana o procedimento deve ser transformado num inquérito civil que continuará investigando, para apurar responsabilidades pelos problemas no concurso.
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- Maior Custo Foi Com ComissÃo Examinadora
Dos R$ 407,9 mil investidos pela Secretaria de Saúde para realizar o concurso realizado em julho e anulado no mês passado, o maior gasto foi com a comissão examinadora, que custou R$ 190,6 mil. O segundo maior gasto foi com os fiscais de provas, R$...
- Prefeitura Ainda NÃo Prestou Contas Dos Gastos Do Concurso Da SaÚde
Como ainda não foi tornada pública a prestação de contas do que foi arrecadado com o ex-concurso da saúde e de como isso foi gasto, vamos às especulações. Digamos que os mais de 13 mil candidatos tenham recolhido um total de R$ 500 mil (as inscrições...
- Adiamento Foi Para Aprofundar InvestigaÇÕes, Diz Kireeff
O prefeito Alexandre Kireeff (PSD) justificou a prorrogação da divulgação do resultado do concurso – que passou de 5 para 12 de agosto – com a necessidade de aprofundar investigações internas sobre as supostas irregularidades do concurso. Ele...
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- Concurso Dona ArmÊnia: Prova De Fisioterapeuta Teve Oito QuestÕes Clonadas
A prova para Enfermeiro Auditor, que acabou anulada por conta do plágio de questões, não foi a única com esse problema. A partir de denúncias anônimas, o JL identificou que 8 das 35 questões da prova para Fisioterapeuta, aplicada no dia 14 de agosto,...