O texto abaixo, publicado no semanário português Expresso (acesso restrito) e reproduzido no Observatório da Imprensa (acesso livre), responde à pergunta acima:
1. Se encontrou uma notícia cujo conteúdo oferece dúvidas, procure a mesma informação em site de jornais, de agências noticiosas ou de outros órgãos de comunicação conhecidos. Se não encontrar, duvide do que leu.
2. Tenha sempre presente que um site pessoal ou um blogue não tem a responsabilidade social de um media, nem os autores estão sujeitos ao mesmo grau de exposição que os jornalistas e os directores dos jornais, imputáveis legalmente pela publicação de notícias falsas.
3. Tente criar o hábito de ler, ver ou ouvir as notícias sempre em sites de órgãos de comunicação social com linhas editoriais claras e provas dadas no que toca à credibilidade da informação publicada.
4. Não confunda factos com opinião nem com participação dos leitores. A informação jornalística divide-se sobretudo entre o que é noticioso e o que é opinativo. Se um cronista se pronuncia sobre um determinado acontecimento está a dar a sua visão e não outra notícia sobre o mesmo assunto. O mesmo se passa com os comentários deixados nos sites pelos leitores junto das notícias.
5. Seja para conteúdos jornalísticos seja para qualquer outro tipo de conteúdos na net, inclusive comerciais, tenha o cuidado de verificar se há contactos no site onde consta a informação (ficha técnica, morada, telefone, endereço de "mail" etc). Caso não existam duvide da veracidade dos mesmos; o anonimato é normalmente o caminho usado para campanhas que apenas visam descredibilizar pessoas ou marcas.
Ainda: artigos publicados no O.I que merecem a nossa atenção:
1. Telegraph impõe limites a jornalistas blogueiros;
2. Os mitos ocultos da era digital;
3. E sobre o caso Cicarelli x YouTube:
- A obscena senhora DC
- Liberdade de informação
- Novos desafios para o Direito
- O tiro saiu pela culatra
- A volta da censura?