CMTU DIZ QUE "ZERA" O LIXO EM QUATRO ANOS
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CMTU DIZ QUE "ZERA" O LIXO EM QUATRO ANOS


O presidente da Companhia Municipal de Trânsito e Urbanização (CMTU), Carlos Geirinhas, apresentou ontem, na Câmara, o “projeto lixo zero”, com o qual pretende eliminar em quatro anos a quantidade de lixo aterrado na Central de Tratamento de Resíduos (CTR). Conforme Geirinhas, o plano é reciclar 60% do lixo em um ano, 80% em dois e 100% no terceiro ano de implantação do projeto. Atualmente o sistema de cooperativas de recicladores implantado na cidade no começo da década passada e que passa por uma grave crise, consegue “reciclar” apenas 5% dos cerca das 600 toneladas de lixo produzidas pelos londrinenses diariamente.

A CMTU projeta começar a implantação do projeto em seis meses, por meio de Parceria Público-Privada e com um custo inicial estimado em R$ 100 milhões. O custo seria dividido entre a Prefeitura e o parceiro ou parceiros privados. A usina de compostagem comprada pelo Município junta a uma indústria de Cornélio Procópio em 1996, no final da gestão do ex-prefeito Luiz Eduardo Cheida (PMDB), que está até hoje no almoxarifado da empresa que vendeu, será usada como parte do pagamento da instalação do novo sistema.

Na explanação de cerca de uma hora e meia, feita na Câmara Municipal, Geirinhas afirmou que o sistema contará com os atuais recicladores das cooperativas, que passariam pelas casas coletando tanto o lixo reciclável quanto o não reciclável (para a CMTU, a divisão é feita entre “úmido”, com 54% dos resíduos e “seco”, com 46%). Com isso, a figura do lixeiro correndo atrás do caminhão estaria extinta. Também serão construídos 200 pontos de coleta, distribuídos pela cidade (a um custo entre R$ 80 mil e R$ 100 mil cada um), nos quais o próprio cidadão levaria seus sacos de lixo voluntariamente, divididos em “seco” e “molhado”.

Outro ponto do sistema seriam os Postos de Entrega Voluntária (PEV), também distribuídos pela cidade para receber lixo de pequenos geradores. Conforme Geirinhas, o custo dessas PEVs é baixo e três delas já estão sendo implantadas, com licença ambiental do Instituto Ambiental do Paraná (IAP). O sistema segue adiante com quatro Centrais de Processamento de Resíduos (CPR), uma planta industrial com custo de instalação previsto em R$ 20 milhões cada uma – a cidade seria dividida em quatro partes e cada uma teria uma CPR.

O presidente da CMTU convidou a imprensa a ir ao Centro de Tratamento de Resíduos (CTR) hoje pela manhã, para acompanhar a transformação de lixo em tijolo, tecnologia que está sendo usada de forma experimental. A Prefeitura deve abrir um Procedimento de Manifestação de Interesse (PMI) nos próximos dias para que empresas que manifestem o interesse e apontem as tecnologias que podem ser usadas. A partir dessas manifestações será definido o sistema a ser implantado no que diz respeito à destinação do lixo.

Quanto ao atual CTR, a CMTU pretende fazer uma PPP com uma empresa para usar o gás produzido pelo lixo aterrado em energia elétrica. E para o chorume (líquido gerado pela decomposição do lixo), que hoje está em 90 mil litros, a previsão é de que em 90 dias seja implantada uma tecnologia de evaporação do resíduo, zerando o líquido que hoje está dividido em quatro piscinas.



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