CEI DA CENTRONIC ATINGE DUAS ADMINISTRAÇÕES
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CEI DA CENTRONIC ATINGE DUAS ADMINISTRAÇÕES


Tanto a administração do prefeito Barbosa Neto (PDT), quanto a do seu antecessor, Nedson Micheleti (PT), cometeram irregularidades no contrato com a Centronic, a empresa que prestou serviço de vigilância à Prefeitura entre 2006 e 2010. Por isso, a responsabilidade de Barbosa deve ser apurada por uma Comissão Processante (CP), que pode levar à cassação do seu mandato, e o hoje vereador Jacks Dias (PT), que foi o secretário de Gestão Pública da administração petista, quando o contrato foi assinado, deve ser investigado pela Comissão de Ética Parlamentar (CEP). Esses são os dois principais encaminhamentos indicados no relatório apresentado ontem pela Comissão Especial de Inquérito (CEI) que investigou a Centronic.

Depois de 180 dias de trabalho, 34 reuniões, 19 depoimentos e mais de 19 mil páginas entre documentos analisados e depoimentos, os vereadores concluíram que dois vigias que prestaram serviços entre 2009 e 2010 à rádio Brasil Sul, de propriedade da família do prefeito, foram pagos por meio do contrato que a Centronic mantinha com a Prefeitura de Londrina. Segundo o relatório, isso foi comprovado pelas guias Gefip e Sefip (referentes ao recolhimento de Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS), que indicam que os dois vigias recebiam pelo contrato com o município e não com a rádio. A conclusão da CEI é que Barbosa teria praticado “infração político-administrativa”, para a qual a punição máxima é a cassação.

Já no caso de Dias, a acusação é de que ele teria recebido propina (teriam sido algumas parcelas mensais de R$ 52 mil) para fazer vistas grossas às irregularidades ocorridas durante o contrato. Além da Centronic ter sido declarada inidônea pela Prefeitura de Curitiba um mês de assinar com a Prefeitura de Londrina – o que a impedira de contratar com o setor público –, mas esse problema só foi “descoberto” no fim de 2009, na gestão Barbosa Neto. Quanto ao petista, a conclusão da CEI é que o caso dele deveria ser enviado à Corregedoria da Câmara, “por conta dos assuntos tratados na ação penal” que tramita na 3 Vara Criminal, na qual Dias é réu.



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